CARIMBÓ
O Carimbó que se
pratica hoje, ritmo tipicamente nortista, definido na região do Salgado do
Estado do Pará é o CARIMBÓ PRAIANO cuja tradição remonta ao século XVIII tem
sua evolução na região do Salgado em épocas bem marcantes nas fazendas e
sítios, onde os negros escravos predominavam com seu trabalho. Através do
batuque encontrou-se o ritmo denominado de carimbó, transformando-se em lazer,
cuja dança favorecia o afastamento do estado nostálgico do negro.
SUAS CARACTERÍSTICAS.
SUAS CARACTERÍSTICAS.
A característica do carimbó ou curimbó provem,
originariamente, da qualidade do tambor usado pelos negros, chamado de carimbó,
principal instrumento do batuque.
- O Carimbó não se resume apenas nas variações ou nos movimentos dos dançarinos, visto que possui coreografia variada e bem definida e que obedecer um certo ritual que os mais antigos, obrigatoriamente, seguiam como determinado para se dançar, pois, com certeza o ritmo, como a cantiga e o balanço do corpo serviam para exprimir as vibrações da dança e que chegavam a encenação de imitação dos bichos. Daí se ter a dança do peru, da formiga, do tatu, do carneiro etc.
- Em inúmeras músicas registradas podem-se encontrar alusões a bichos, pássaros, pessoas do povo ou fatos bem comuns, assim que temos poesias em ritmo de carimbó homenageando a periquitambóia (cobra), o jacaré, o tubarão, a lavadeira, o Peru, da Atalaia (posto de observação), O roda pião, o maçarico etc.
- Na verdade, é bom que se diga, que o carimbó também é a expressão viva do lamento caboclo, de sua desilusão com os dirigentes, ou para alertar, ou dar recados importantes, demonstrar a ilusão no amor, como maneira expressiva da crônica diária que vivem os poetas, pescadores, lavradores ou pagodeiros.
PRINCIPAIS ARTISTAS
O
carimbó paraense se desenvolveu, e de certa forma permaneceu mais vivo, em
três regiões do Estado: Soure (carimbó pastoril), Santarém (carimbó rural) e
zona do Salgado. Marapanim, município desta última região, ainda hoje guarda a
fama de ser o principal difusor do ritmo. De tantos nomes, lendas e histórias que os
rondam, já se tornaram uma espécie de patrimônio vivo regional. Eles,
na sua grande maioria, vieram de um passado simples e nunca imaginavam chegar
aonde já até ultrapassaram. Não é à toa que os chamam de mestres da música
popular paraense. Por onde eles passaram, deixaram um rastro
de alegria e de verdadeiro orgulho das nossas raízes. Esses são os
mestres do Pará.Possuem muitos nomes e apelidos. Bernardo, Cantídio, Ninito, Mimico, Simão, Come-Barro, Lucas, Pinduca, Lucindo, Verequete, Curica, Vieira, Aldo, Tio Pedro e tantos outros.
Dança do Carimbó - Belém - PA
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