quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

O enfermeiro e a construção da autonomia profissional no processo de cuidar - Resumo Critico

O enfermeiro e a construção da autonomia profissional no processo de cuidar

Na área da saúde há varias profissões associadas para prestar serviços de atendimento coletivo ou individualizado, visando a promoção e manutenção da saúde e prevenção de doenças. Propiciando uma vida saudável ao indivíduo e à sociedade em geral, através de programas elaborados por órgãos regulamentadores do Estado que tem como função apoiar a medicina, bem como, as outras áreas empenhadas em qualquer projeto ou programa destinado à manutenção da ordem pública e da saúde.
Para que esse complexo conjunto profissional da saúde funcione adequadamente, precisa-se seguir uma organização hierárquica onde o médico tem autonomia sustentada historicamente pelo saber teórico e prático, incansável de pesquisa na área, em busca de soluções para problemas simples e complexos da saúde. Tendo em vista que a medicina no contexto hospitalar direciona o esquema de tratamento medicamentoso como antibiótico -terapia, indicações cirúrgicas e fechamento de diagnósticos, e etc.
A enfermagem por sua vez também tem sua importância nesse contexto tendo como principal função a execução do esquema de tratamento indicado pelo médico com a responsabilidade e comprometimento em transmitir toda e qualquer informação técnica sobre as condições relatadas pelo paciente do seu problema de saúde sempre exercendo a ética profissional. Dentro do contexto hospitalar a enfermagem é a classe profissional que fica em contato vinte e quatro horas com o paciente, por isso os cuidados prestados são contínuos passando de plantão para plantão a responsabilidade continua.
A enfermagem também tem sua autonomia no desempenhar de suas atividades. Pois é ao prestar os cuidados que o enfermeiro ou técnico de enfermagem precisam mostrar todos os seus conhecimentos técnicos e suas experiências práticas, proporcionando um relacionamento de confiança, segurança e  tranquilidade ao paciente e a equipe empenhada no tratamento ou promoção da saúde do indivíduo,
O enfermeiro ou técnico de enfermagem para terem autonomia reconhecida no meio profissional precisam estar constantemente pesquisando e inovando técnicas seguras para realização de tarefas de cuidados ao paciente, comprovando sempre que estão atualizados participando de cursos de reciclagem promovidos pela instituição privada ou por órgãos públicos especializados na área apoiado pelo Estado. 

A enfermagem como profissão construtora de autonomia é resultante da organização consciente e hierárquica no processo funcional e da associação de experiências práticas e conhecimentos teóricos, aplicados na ação de cuidar, e na prevenção e no tratamento de doenças visando a promoção da saúde física, mental, espiritual, social ou individual, apoiado pelos órgãos regulamentadores do Estado dando suporte físico, material e cultural. Qualificando o profissional para um atendimento eficiente buscando conhecimento novos criando técnica que facilitem o desenvolvimento de ações no cuidado, prestado ao indivíduo enfermo hospitalizado ou não, com auxilio também, de tecnologia de ponta para aceleração de providências em diagnósticos, gerando informações importantes para o andamento no atendimento eficiente e satisfatório, prestado ao paciente; com isso o enfermeiro passa a mostrar segurança no desempenho de suas atividades deixando o paciente tranquilo  e  confiante, seguro que será bem atendido e certamente alcançara o objetivo almejado que é a sua saúde restaurada..

  O estudo sociológico das profissões na área da saúde tem contemplado principalmente à medicina que contempla alguns clássicos como, por exemplo, a obra de Freidson (1). Para este autor, uma profissão distingue-se em relação a outras ocupações menores no que se refere à profissão um monopólio ocupacional que assegura uma posição de dominância no interior de um processo de divisão de trabalho.
A enfermagem bem como a grande maioria das demais áreas relacionadas com a saúde, acompanhou esta tendência. No interior de um paradigma mecanicista cada vez mais forte, a ênfase recai cada vez mais interessante, na intervenção técnica, sem vistas ás questões de ordem emocional, coletiva e educacional. Tal desvalorização do cuidado insere-se em um processo de alienação e perda da autonomia, uma vez que o cuidado constitui historicamente a essência da prática de enfermagem. A tentativa de resgatar o papel de cuidar na enfermagem significa, portanto recuperar ou reconstruir a autonomia profissional da enfermagem.
Os dados obtidos através de entrevista confirmam que o profissional enfermeiro atua de forma crítica e passiva, correspondendo, na maioria das vezes aos objetivos controladores da instituição. Enquanto uma parte significativa deles tem como objetivo ampliar seus conhecimentos, a rigidez organizacional torna, muitas vezes, tais objetivos inacessíveis uma vez que a procura por conhecimentos voltados ao cuidado nem sempre se mostra coerente com a prática desenvolvida na estrutura hospitalar dominante.
Com tudo concluímos que os profissionais da enfermagem com todo esse desvio de ação cuidadora além de traduzir a perda da autonomia no plano do saber em relação á pessoa em cuidado e á equipe de enfermagem, inteiramente consistente com o paradigma mecanicista hegemônico no contexto de um hospital moderno. Estes paradigmas prevê a sublimação dos profissionais enfermeiros ao não conhecer a importância do cuidado e, ao tempo, desvia a função desses profissionais para atividades administrativas e burocráticas.         

Referências bibliográficas:

BUENO, Flora Marta Giglio. QUEIROZ, Marcos de Souza. O enfermeiro e a construção da autonomia. Revista Brasileira de Enfermagem REBEn, 2006.
Silva GB. Enfermagem profissional: análise crítica. São Paulo (SP): Cortez; 1989.
Freire P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro (RJ): Paz e Terra; 1987.

Nenhum comentário:

Postar um comentário